Será que há carreiras à prova de futuro? Este é um tema que de algum modo estará presente em todos nós pelas constantes mudanças que temos vivido. Claramente acentuado pela fase da pandemia e agora pela guerra que decorre e que inevitavelmente nos afecta nas várias dimensões da vida. O que eu acredito é que mais do que carreiras à prova de futuro, podemos investir em nós. Acredito que será isso que nos prepara para as mudanças do Mundo. Portanto, nós podemos tornar-nos à prova de futuro. O que acontece na nossa carreira será apenas uma manifestação disso. Por isso, considero essencial:
- Aprender a reflectir sobre o significado das experiências que vivemos. O que fazemos pouco. Coleccionamos experiências, mas não pensamos sobre estas mais em profundidade e por isso, não integramos as devidas aprendizagens. Estamos demasiado ocupados a pensar na experiência que iremos ter a seguir.
- Definir o estilo de vida que se quer ter como bússola orientadora. Nessa definição residem os limites e critérios orientadores das escolhas profissionais que nos conduzem a uma vida mais integrada e com significado. Em que os equilíbrios entre as diversas áreas de vida possam realmente ser realistas e com isso respeitados.
- Conviver de forma mais tranquila com o desconforto. Este é um convite a sermos curiosos sobre a informação contida neste estado e que pode ser chave para darmos o passo seguinte rumo a uma fase mais tranquila. Sobretudo não nos obriguemos a permanecer em desconforto por causa do que os outros pensam, mas sim para que possamos aprender sobre nós e criar uma nova iteração no nosso futuro.
Agradeço o convite da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, para discutir este tema com os colegas Michael Baum, José Morais Barbosa, Ana Maria Evans e Cassiana Tavares no evento My Career 2022 – (Re)designing career paths -are you ready? no passado dia 8 de Março.