Em Março, realizámos a sessão das Career Conversations em parceria com o ISEG Executive Education, continuando a alimentar a nossa intenção de levar conhecimento e inspiração a cada vez mais profissionais.
Nesta sessão abordámos os seguintes tópicos:
• O que é e o que não é o networking, quando o tema é o desenvolvimento de carreira?
• Mitos e erros comuns no networking,
• Como desenvolver networking de forma realista e natural?
• Road map para poder desenvolver o seu networking futuro.
Tudo acompanhado de exemplos de práticas validadas que vão certamente desafiar a sua perspectiva.
Assista à gravação da Career Conversation, a qual inclui as perguntas e comentários de quem participou e exemplos das facilitadoras, bem como de clientes que acompanharam.
O networking como combustível de carreira
É importante esclarecer a que é que nos referimos quando falamos em combustível de carreira e a que nos referimos quando falamos de networking nesse âmbito.
O conceito de combustível de carreira é uma ideia desenvolvida por Brian Fetherstonhaugh (ex-People Chief Officer da Ogilvy Global), no seu artigo “Desenvolver uma estratégia para uma vida de trabalho significativo”. Neste, a premissa que está presente é que o desenvolvimento da carreira é uma maratona, e não um sprint. Por isso mesmo é necessária estamina, endurance, ou dito de outra forma, combustível. Combustível que terá de ser gerido e regenerado ao longo de toda a carreira por forma a prevenir ou atenuar interrupções abruptas e indesejadas e momentos de turbulência.
O que compõe este combustível de carreira?
De acordo com o autor, é composto por:
- Competências transportáveis ou transferíveis, ou seja, as ações que se é capaz e se aprecia fazer e que podem ser transferidas entre papeis profissionais e/ou entre empresas ou sectores distintos. Assista à Career Conversation sobre o tema;
- Experiências desafiantes, ou seja, experiências que nos levam a sair da zona de conforto e com isso desenvolver recursos internos, como por exemplo a resiliência;
- Relações relevantes, ou seja, relações que contribuem para o desenvolvimento da nossa carreira. E aqui está a pedra de toque para compreendermos o Networking como combustível de carreira.
À luz do conceito de combustível de carreira, o networking tem a ver com as relações que contribuem para a nossa aprendizagem e desenvolvimento, como sejam relações com especialistas de determinados temas que nos ajudam a resolver problemas específicos e, relações com pessoas que acreditam no que fazemos e que por isso nos promovem perante outros.
Falamos de relações extremamente específicas. Com isso temos a intenção de desafiar a ideia que muitas vezes existe de que o networking passa por ter uma enorme rede de contatos. Não é necessariamente assim. O networking neste âmbito prende-se mais com desenvolver qualidade de relação com perfis ou pessoas adequadas. De forma intencional, tendo presente que novos contatos terão o seu papel.
Mas será assim tão relevante o networking para o desenvolvimento de carreira?
De entre os diversos dados nos estudos sobre o tema, existe uma conclusão consensual: entre a 70 a 80% das oportunidades de trabalho existentes são preenchidas através da referenciação e das redes de contactos. E eu acrescento que essas oportunidades não chegam sequer a ser comunicadas para o mercado. Posso assegurá-lo pela minha própria experiência.
É frequente, pessoas das minhas relações de confiança, ligarem-me e pedirem-me referenciações, sem nunca chegarem a publicitar a vaga. Por outro lado, já acompanhámos centenas de casos em que os profissionais acederam a oportunidades não divulgadas. Exclusivamente por via de relações.
Ou seja, isto significa que só estarão visíveis para o mercado cerca de 20 a 30% das oportunidades existentes. As que não estão visíveis, só estão acessíveis por via da referenciação, ou seja, por via de recomendações feitas por alguém que nos conhece e que confia no nosso trabalho!
Esperamos que com este reality-check passemos a encarar o networking de uma forma completamente nova no que se refere ao desenvolvimento de carreira. Mas mesmo assim, daí à execução vai uma distância. Muitas vezes porque temos ideias feitas ou mitos sobre o networking que nos afastam de o realizar de forma produtiva, ou de o realizar de todo.
Hermínia Ibarra, autora e professora de comportamento organizacional na London Business School, e que se dedica há mais de 20 anos ao tema da mudança de carreira, aponta os principais mitos associados ao Networking.
Nós agrupámo-los em 4 mitos frequentes que em alguma medida poderão estar presentes em todos nós:
- Mito 1. O Networking pressupõe muito tempo, sem garantia de resultados.
- Mito 2. Não tenho jeito para fazer Networking.
- Mito 3. É preciso sorte para ter as pessoas certas em nosso redor.
- Mito 4. Só as relações mais próximas (família, amigos) estão dispostas a ajudar-nos.
Eu dou o meu exemplo: Como boa introvertida que sou, durante alguns anos acreditei que não tinha jeito para fazer networking. Fugia disso. Até que percebi que tinha uma ideia completamente errada do networking e por causa disso hoje é um exercício que me é muito natural.
Exploremos cada um destes mitos com vista a uma clarificação que lhe permita tornar o exercício de networking viável.
Mito 1. O Networking pressupõe muito tempo, sem garantia de resultados.
Pode realmente ser assim. Sobretudo se nos focarmos em volume de contactos e se só os abordármos quando estamos em modo urgência, porque temos uma necessidade imediata, como por exemplo o career procurement. Claro que vai correr mal!
Não é nada raro que nestas alturas, as pessoas disparem para todo o lado. Mandam o seu currículo para toda a gente sem critério, referindo estar disponíveis, não dizendo sequer para quê. O que isto comunica é que estão à espera que os outros façam o trabalho por eles, ou seja, que lhes avaliem o currículo e definam a que se adequam!
Vivemos tempos em que a economia é a da atenção. Avaliar o currículo de alguém requere mais de 10 segundos de atenção e dá trabalho. Todos nós temos muito que fazer e tudo o que não seja de assimilação imediata não é prioritário para ninguém!
Por outro lado, este modus operandi traz outro revés que é o facto de as pessoas contactadas percepcionarem que só está a existir uma aproximação porque há um interesse específico. Existe uma agenda unilateral. Logo, a probabilidade de colaboração baixa por causa disso.
Este mito deixará de ter razão de ser, se formos intencionais ao longo do tempo nas relações com as pessoas que representam algo para o nosso caminho de desenvolvimento. Claro que isso pressupõe nutrir essas relações. E é desta forma que a probabilidade de termos retorno quando tivermos uma necessidade de curto prazo aumentará.
Mito 2. Não tenho jeito para fazer Networking.
Ou, dito de outra forma, só as pessoas mais extrovertidas é que nasceram para fazer networking, e as restantes estão em desvantagem. Mais do que um mito, reflete um dos principais medos da maioria das pessoas em relação ao networking: O medo da exposição! mais concretamente o medo do que o outro vai pensar de nós. Sendo que este medo assenta muitas vezes na ideia de que e passo a citar “Não me sei vender!”
No âmbito do combustível de carreira, networking não pressupõe que sejamos capazes de nos vender. Networking é antes demais uma competência e todos poderemos ser capazes de a aprender, desde que a entendamos, integremos e abordemos da forma adequada.
Nós temos experiência em apoiar introvertidos a desenvolver networking e já constatámos que o desafio passa por estabelecer a abordagem de acordo com a intenção que se quer responder, no seu estilo natural e respeitando os seus valores pessoais. Logo não há receitas porque cada pessoa é única. Claro que há recomendações que podem ajudar, como iremos partilhar mais à frente.
Mito 3. É preciso sorte para ter as pessoas certas em nosso redor.
O que isto significa de acordo com Hermínia Ibarra é que as relações que se desenvolvem mais naturalmente, são aquelas a que estamos expostos numa base regular, como por exemplo os colegas da equipa. Só que se assim for a nossa rede tende a ser muito homogénea, isto é, composta por pessoas iguais ou parecidas connosco, com o mesmo tipo de background, com o mesmo tipo de trabalho, do mesmo setor, com percursos similares. A autora de forma provocadora, diz que este tipo de redes é “narcisista e preguiçosa”, e que lhe falta diversidade.
É importante ter diversidade de relações, que impliquem conhecer a perspectiva de pessoas que pensam e agem de forma diferente de nós, com experiências distintas porque isso nos ajuda a desenvolver pensamento critico, desafia as nossas perspetivas de conforto e leva a identificar novas possibilidades de actuação.
Mais uma vez, um convite a não estarmos reactivos e sim a sermos intencionais e proactivos no estabelecimento de relações.
Mito 4: Só as relações mais próximas (família, amigos) estão dispostas a ajudar-nos.
No que ao desenvolvimento de carreira respeita, não é de todo assim. Da nossa experiência e se assistirem às nossas sessões anteriores destas conversas, poderão testemunhar o que argumentamos vezes sem conta.
No que diz respeito à carreira, os familiares e amigos funcionam frequentemente, mais como forças de pressão e bloqueio do que como facilitadores. Estas pessoas estão emocionalmente envolvidas e não têm a isenção devida. São até parte interessada do que fazemos com a nossa carreira.
Por isso, o que incentivamos é que nos foquemos nas relações mais neutras ou as ‘weak ties’ como lhes chama Herminia Ibarra. Que sendo relações mais distantes, como colegas de curso, ex-colegas de trabalho, serão mais objetivos na relação connosco. E estarão por isso disponíveis para dar a sua perspectiva sobre o que precisamos saber ou alavancar. Também iremos demonstrar mais à frente como esta ideia pode ser implementada.
Road Map para desenvolver o seu networking
Vamos agora passar à prática e para tal propomos-lhe um road map em 5 passos:
1. O primeiro passo é Mapear o seu Ecossistema de Carreira actual.
Segundo Brian Fetherstonhaugh trata-se do ecossistema constituído de pessoas que de alguma forma influenciaram o ponto em que estamos hoje na nossa carreira. E todos temos esse ecossistema tenhamos sido reactivos ou intencionais na sua construção. Encaremos este ecossistema como o nosso ponto de partida hoje.
Como é que mapeamos este ecossistema?
Imaginem uma pirâmide com 4 níveis.
O primeiro nível, ou seja a base da pirâmide e deste ecossistema é composta dos nossos Contactos. Isto é, das pessoas que, nalgum momento, entraram nas nossas vidas, seja porque já trabalhámos com elas, fizemos projetos em conjunto, interagimos na qualidade de cliente/fornecedor, tivemos parcerias, ou apenas tomámos café algures no tempo e conversámos. Colegas de escola, pessoas que tenham frequentado formações connosco, e mesmo pessoas que sejam membros de associações profissionais ou setoriais.
São tipicamente e também pessoas com as quais estamos ligados através do Linkedin, e outras redes sociais ou plataformas, grupos privados (Facebook ou Whatsapp) ou por email. São pessoas de quem temos o nome, e uma forma de contacto.
Qual é a importância destes Contactos?
É que essas pessoas são as tais relações distantes e objectivas, ou ‘weak ties’ referidas por Herminia Ibarra que poderão ocupar uma das outras 3 camadas do ecossistema e vir a fazer uma diferença muito significativa nas nossas carreiras a dado momento, dependendo das nossas metas.
O segundo nível deste ecossistema são os Especialistas ou Mentores. Estas são as pessoas que detêm conhecimento especializado e nos podem ajudar a ser melhores no que fazemos e a resolver problemas específicos. Esta comunidade precisa de ser recrutada e nutrida. Parte dessa comunidade poderá ser encontrada no seu círculo próximo de colegas de trabalho, mas outros podem e devem ser provenientes de outros contextos distintos, nomeadamente da base da sua pirâmide, os tais Contactos que referimos há pouco. Ou podem ser mesmo pessoas completamente novas.
Aqui não resisto a uma observação: Há imensas pessoas que se queixam que das suas chefias não serem mentoras! Esta é uma expectativa muito pouco realista e assenta na crença de que a chefia é alguém que já foi técnico e foi promovido a chefia e que tem de ser especialista no que você faz. Lamento, mas não tem. Uma boa chefia tem de saber liderar e criar as condições para que você faça o seu trabalho. Não tem de ser especialista ou mentor do que você faz! Essa é uma ideia a ultrapassar. Devemos ser nós a procurar esses mentores. Essas pessoas que detêm o conhecimento do qual necessita. Claro que isso dá trabalho e requer energia.
O terceiro nível do ecossistema, são os Colegas chave. Estamos a falar da meia dúzia de pessoas que pertencem à sua Organização atual, e que influenciam decisivamente o seu desempenho e experiência na organização. A lista começa com a sua chefia, que é seguramente a relação que mais influencia a sua experiência de trabalho na organização actual.
Podemos dar outros exemplos como a chefia do seu chefe, os Responsáveis de outras áreas com quem colabora com frequência, o Responsável pela área de pessoas ou recursos humanos da organização, os decisores em projectos nos quais colabora. Ou seja, aquelas pessoas cuja qualidade de relação pode ajudar a desbloquear o alcance dos seus objectivos profissionais e a resolução de problemas.
Estes colegas chave são muito importantes também, porque muitas vezes quando saem da actual Organização, serão aquelas pessoas que poderão referenciar o seu trabalho a outros. E convém relembrar que o Mundo é redondo. Estamos sempre a reencontrar pessoas com quem em algum momento interagimos ou trabalhámos.
Finalmente, no topo do ecossistema, encontramos os Patrocinadores. São pessoas que impulsionam a sua carreira. É geralmente um número muito pequeno de pessoas. São aquelas pessoas que dizem coisas boas sobre si nas suas costas e promovem-no junto de outras pessoas. Alguns destes patrocinadores poderão estar entre os colegas chave e os mentores, também. Aqui nesta categoria destaco os seus clientes que estarão dispostos a segui-lo se sair da organização.
Então, voltando ao primeiro passo do road map para desenvolver o seu networking, o desafio passa por listar os nomes das pessoas que compõem as camadas do seu ecossistema de carreira.
Alertamos para a possibilidade de o seu ecossistema eventualmente não ter camadas preenchidas caso não esteja a ter uma gestão intencional da sua carreira. Pode ter buracos!
2. O segundo passo do road map passa por Definir as aspirações ou objetivos de carreira que quer alcançar.
Aqui o convite é definir as aspirações e metas mais simples possíveis, para não se sentir bloqueado. Bastam coisas simples como por exemplo: Definir competências que quer angariar, identificar conhecimento especifico que sinto precisar sobre certo problema, que experiências gostaria de ter e para quê, ou até pode ser uma meta como assumir uma nova função interna ou externamente à atual organização.
Com essas metas em mente, sugerimos que responda depois a 2 perguntas:
Pergunta 1: Quem são, no meu ecossistema actual, as pessoas que poderão contribuir para estas metas? Seja porque têm conhecimento ou experiência, porque estão em áreas da sua organização sobre as quais quer saber mais, ou estão noutras organizações e podem dar-lhe facilmente informações relevantes, pessoas de contacto, indicar competências que possam ser valorizadas e até oportunidades de trabalho. Relembramos que apenas 20 a 30% das oportunidades de trabalho são comunicadas ao mercado. As outras existem e só as descobrimos falando com os outros.
Pergunta 2: Qual o perfil de pessoas que estão a faltar que podem contribuir para a sua meta? Defina esse perfil e procure-os! Dou o meu exemplo actual: quero desenvolver um curso on-line e comecei a seguir pessoas que já o faziam. Entrei em contacto com aquela pessoa com a qual mais me identifiquei para aprender com a sua experiência e esta aceitou partilhar comigo a sua curva de aprendizagem.
3. O terceiro passo do Road Map é desenvolver a sua própria forma de abordar as pessoas que não fazem ainda parte da sua rede.
A nossa recomendação para chegar às pessoas que pretende passa por pedir a alguém do seu ecossistema e que as conheça que faça a ponte. Caso não exista essa possibilidade, poderá estabelecer um contacto directo via redes sociais ou outros canais como mail ou telefone.
Seja de uma ou outra forma, e no estabelecimento do contacto é importante ter presente alguns cuidados facilitadores dessa abordagem:
- Começar a sua abordagem enaltecendo os motivos positivos pelos quais estabelece o contacto. Exemplo – determinada experiência que reconhece na pessoa.
- Colocar 1 a 2 perguntas sobre as quais gostaria de ter os seus inputs.
- Dar opção de resposta: por escrito, breve telefonema, videochamada, ou um café.
- Todas estas sugestões se podem aplicar às suas relações weak tie da base da pirâmide, também.
Sabemos que há pessoas que não vão responder. Contudo, da nossa experiência, podemos assegurar que quando a abordagem é empática e cuidadosa, alguém irá responder. As pessoas sentem-se valorizadas quando alguém quer saber a sua opinião.
4. O quarto passo do Road Map é retribuir.
Relembramos que o networking para o desenvolvimento de carreira pressupõe relações bilaterais e sinergias. Assim faz parte das boas práticas, partilhar algo que possa ser relevante para as relações que quer nutrir:
- Pode partilhar informação relevante: um artigo, um link, um livro, um vídeo que possa ser útil a algo que saiba que estão a viver ou tentar resolver.
- Pode enaltecer as forças da pessoa. Através de uma recomendação no Linkedin se já trabalhou directamente com a pessoa e/ou fazer o endorsement das suas skills.
- Pode fazer pontes com outras pessoas da sua rede, ou seja, colocar pessoas em contacto.
- Pode disponibilizar-se nas suas áreas de expertise para ajudar a pessoa com algum aconselhamento ou opinião.
O importante é ter opções e activar aquela que lhe faça mais sentido.
5. Último e quinto passo do Road Map – Planeie nutrir de forma intencional as relações relevantes para si.
Defina mensalmente quem são as diferentes pessoas a quem vai fazer uma chamada, ou marcar um almoço ou um café.
Posso dar o meu exemplo: mensalmente estabeleço o plano de almoços/ calls atendendo ao que quero aprender e partilhar com pessoas relevantes para mim. O plano deste mês tem apenas 4 pessoas. Logo é realista para mim e certamente muito relevante.
Verdade se diga, nos últimos tempos, muitas pessoas se sentiram desconfortáveis com encontros presenciais por causa da pandemia. Sendo que estes também foram dificultados porque as pessoas já não vão tanto ao escritório. Sabendo disso, podemos potenciar o telefonema que fazemos para desafiar para o almoço procurando saber da pessoa, dos desafios atuais e aprendendo com a sua experiência. E o contacto fica feito naquele telefonema.
O que é importante todos retermos é que tal como no exercício físico, e em qualquer outra área que se queira desenvolver, a consistência, mais do que a intensidade, trará resultados. Muita gente associa ao networking muito esforço porque desenvolveu a ideia que tem de socializar diariamente. E por causa disso acaba por não fazer nada. Trata-se de se ser criterioso a quem dedica o seu tempo e energia e, fazê-lo de forma intencional e sinérgica.
Em síntese:
O networking é parte integrante e relevante do combustível de carreira. É importante ser direcionado ao desenvolvimento de relações que contribuam para nos tornarmos profissionais mais capazes e proactivos. Tendo sempre o cuidado de também, aportar valor aos outros, cumprindo assim o pressuposto de desenvolver relações sinérgicas.
Os principais erros e mitos que nos afastam de fazer um networking adequado são:
- Focarmo-nos em ganhos imediatos principalmente quando temos urgência – Corremos o risco de sermos vistos como interesseiros.
- Acreditar que desenvolver networking é uma qualidade inata. Não é. É uma competência que se aprende.
- Não investir na expansão da sua rede para lá da sua zona de conforto. É um sinal que a sua carreira poderá vir a estagnar.
- Reduzir-se às relações que estão mais próximas, as quais não são em geral as mais preparadas para nos ajudar a atingir as nossas metas. Exemplos: família e amigos.
Para desenhar o seu road map de networking, as recomendações que lhe demos nesta foram:
- Mapear o seu ecossistema de carreira actual,
- Definir as aspirações e metas mais simples que tem para a sua carreira
- Identificar quem é relevante no seu ecossistema para o ajudar nessas metas e quais os perfis em falta que pode procurar,
- Desenvolver a sua forma própria de abordar as pessoas,
- Retribuir valor,
- Planear como vai nutrir de forma consistente e realista as relações às quais quer dar preponderância. Relembramos que a consistência é chave neste processo.
Assista aqui à Career Conversation integral com exemplos práticos para ter maior profundidade no tema.